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Como libertar a Raiva reprimida

Muitos de nós aprenderam a suprimir e reprimir a raiva, o que pode originar vários sintomas e comportamentos. A repressão, não é um mecanismo consciente. Acontece, inconscientemente, quando o nosso sistema nervoso interpreta que exprimi-la "está fora de questão".


Por exemplo, quando somos pequenos e um dos adultos da nossa vida faz algo que viola os nossos limites, essa emoção natural pode surgir como forma de nos proteger, batendo, pontapeando ou gritando, e dessa forma afastar a pessoa ou situação perigosa. Acontece que, quando o nosso cérebro interpreta que exprimir esse impulso natural vai ter consequências e é perigoso, automaticamente essa energia fica bloqueada.

Por outras palavras, o corpo entrou num modo de mobilização de energia ou stress de forma a nos protegermos, que não pode ser descarregada através desse impulso natural. A consequência disso foi, reprimir a raiva, energia essa que fica em estado pendente, até que o sistema nervoso sinta a segurança suficiente para a poder exprimir e libertar (e dessa forma completar o ciclo)



Libertar a Raiva não significa nunca mais sentir esta emoção. Significa dar-lhe liberdade. Torná-la consciente e dar-lhe expressão, de forma a que tenhamos novamente acesso a essa energia de agressividade natural e vital

Sem acesso a ela vários comportamentos e sintomas podem manifestar-se. Estes são alguns exemplos:


  • Ansiedade

  • Depressão

  • Sentirmo-nos presos ou bloqueados

  • Agradar em demasia os outros (people pleasing). Ser "boa pessoa" ou muito calmo

  • Dificuldade em tomar decisões ou em dizer que Não

  • Ataques de raiva

  • Apatia ou falta de energia

  • Sentir dificuldade em mostrar-se

  • Tensão na garganta ou zona pélvica

  • Aperto na barriga ou no peito

  • Problemas digestivos

  • entre outros


raiva reprimida

Já te aconteceu por exemplo quereres dar a tua opinião e parece que a voz não sai?


Ou estares a ouvir uma pessoa que fala e fala, quando na verdade o que quereres é sair dali, e não consegues? (o que dá a impressão que és bom ouvinte)


Ou quando estás ao pé de certas pessoas, parece que te desligas e desconectas ou sentes que a energia dos outros é demasiada?


Quando não temos acesso à nossa agressividade natural, tudo isto pode acontecer.


É importante também dizer-te que esta emoção não vem isolada. Observo muitas vezes nas sessões com os meus clientes (e mesmo na minha jornada) que, quando começam a ter acesso a este impulso natural e a dar-lhe expressão, outras emoções como tristeza, medo, vergonha ou culpa podem surgir.


Aliás, é o medo de sentir esta emoção com medo das consequências, que nos faz mantê-la escondida. Mas isso tem enormes consequências para a nossa saúde emocional, física e energética. Além de afetar os nossos relacionamentos, afasta-nos da nossa autenticidade e verdade.

E, em vez de se abordar a raiz do problema, muitos de nós continuam a abafá-la, abafando a ansiedade ou tentando mudar de comportamento, ou simplesmente meditando para relaxar. Nada disso é errado, mas é apenas temporário até começarmos a trazer à superfície esta energia reprimida.


Existem várias formas de o fazer, contudo quero partilhar contigo uma das formas como guio os meus clientes a começarem a libertar e processar a raiva reprimida:


  1. Entrar em contacto com essa energia (Senti-la e reconhecê-la no corpo)

  2. Começar a exprimi-la através da voz (ao mesmo tempo que mantêm o contacto com a Raiva no corpo)

  3. Expressar com mais intensidade o impulso associado à Raiva (Isto pode significar bater numa almofada, enquanto mantêm a consciência corporal e a expressão vocal) Nota: Não interessa fazer isto mentalmente nem forçar. A ideia é deixar que seja o impulso a expressar-se e não apenas a nossa garganta ou punhos.

  4. Estar presente com a energia de vida que surge como consequência

  5. Deixar que as emoções associadas sejam sentidas e expressas

  6. Deixar que se integrem naturalmente (momento de quietude e silêncio)


Aquilo que é importante entender é que, para termos maior acesso a essa energia é necessário o nosso sistema nervoso ter capacidade suficiente para a puder processar, senão pode ter o efeito contrário e criar ainda mais resistência e tensão. Por isso dou tanta importância a criarmos essa fundação de segurança no nosso corpo primeiro, e só depois começar a explorar entrar em contacto com a raiva (e emoções associadas).


Para te começares a reconectar com o teu corpo e emoções, e criares essa fundação de segurança, podes receber este eBook gratuitamente



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Quando começamos a ter maior acesso à nossa agressividade natural, conseguimos mais facilmente definir os nossos limites de forma a mantermos o nosso bem estar. A nossa postura corporal também pode começar a mudar. Em vez de uma postura defensiva e contraída, começamos a mostrar-nos mais ao mundo, com uma postura mais flexível e aberta. Começamos a sentirmo-nos com mais energia, que podemos então utilizar para fazermos aquelas coisas que realmente estão alinhadas com o nosso eu mais autentico (e não com o nosso eu protetor)


Libertar a raiva não é sobre ser destrutivo em relação aos outros. Quando ela está reprimida tornamo-nos destrutivos ativamente ou passivamente, bem como sentimo-nos mais distantes e desconectadas dos outros. Estamos a fazê-lo, porque nos queremos amar mais e respeitar mais, bem como vivermos alinhados com a nossa verdade, viver os nossos propósitos, e criar relações mais harmoniosas com as pessoas que são de facto importantes para nós.



Se sentes que está na altura de libertares e deixares ir as emoções que aprendeste a reprimir e suprimir, e viver de um lugar mais autentico e empoderado, estou disponível para te guiar no teu processo de cura interior. Clica aqui para descobrires como



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